“O Exército de Libertação Popular da China sempre foi uma força indestrutível e poderosa na defesa da unificação da pátria e vai agir sempre com determinação e força para travar a independência de Taiwan e garantir que esta nunca tenha sucesso”, disse Dong Jun no fórum de segurança Diálogo de Shangri-La, que termina hoje em Singapura.
Dong Jun advertiu ainda que os “separatistas taiwaneses” e as “forças estrangeiras” que tentarem separar Taiwan da China vão acabar “por se autodestruir”.
“O que fazem é promover a independência de Taiwan numa tentativa de conter a China. São ações maliciosas que estão a empurrar Taiwan para uma situação de perigo”, afirmou Dong num discurso.
“Estamos empenhados na reunificação pacífica, mas a situação está a ser constantemente prejudicada por separatistas e forças estrangeiras”, acrescentou.
A China considera Taiwan uma província rebelde e não exclui o uso da força para a recuperar se a ilha declarar a independência.
Taiwan é a ilha para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil, em 1949.
Desde então, é governada de forma autónoma.
Os Estados Unidos são o maior aliado de Taiwan e comprometeram-se a ajudar a ilha em caso de invasão pela China.
Dong disse ainda em Singapura que “alguns países” estão a espalhar “falsas narrativas” no mar do Sul da China e a instalar ilegalmente mísseis na região, numa referência às Filipinas e aos Estados Unidos, de acordo com a agência de notícias EFE.
O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., advertiu no sábado a China de que considerará como um ato de guerra a morte intencional de qualquer filipino nas disputas com Pequim no mar do Sul da China.
“Se um cidadão filipino morrer num ato intencional, isso seria muito próximo do que definimos como um ato de guerra e, por conseguinte, responderíamos em conformidade”, afirmou Marcos Jr. durante uma entrevista em Singapura.
A questão dos conflitos nesta área marítima é um dos temas em destaque no fórum.
Marcos Jr. advertiu que a resposta reforçada poderia implicar a ativação do Tratado de Defesa Mútua assinado entre as Filipinas e os Estados Unidos, embora tenha sublinhado que pretende manter a paz na região.
O líder filipino acrescentou que a estabilidade regional “necessita que a China e os Estados Unidos giram a sua rivalidade de forma responsável”.
Dada a posição no mar do Sul da China e a proximidade de Taiwan, o apoio das Filipinas seria importante para os Estados Unidos em caso de conflito na região.
No ano passado, Manila alargou um acordo de 2014 que permitia o acesso dos militares norte-americanos a quatro bases adicionais, elevando o número total para nove.
Duas das bases situam-se no extremo norte do arquipélago filipino, a menos de 450 quilómetros de Taiwan, segundo a agência de notícias France-Presse.
O acordo que autoriza as forças norte-americanas a passar e a armazenar equipamento nas Filipinas irritou a China, que acusou Washington de utilizar o país como “um peão para criar problemas no Mar do Sul da China”.
Manila e Pequim têm uma longa história de incidentes marítimos, que se agravaram nos últimos anos.
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