O ciclo apresentará todo o cinema feito por ambos, "qualificado de breve e radical, poético e popular, decisivo e marcante de uma identidade do cinema português contemporâneo", lê-se na página oficial do museu espanhol.
Margarida Cordeiro, 78 anos, e António Reis, que morreu em 1991, fizeram quatro filmes etnográficos, e de marca rural, que passarão em Madrid até ao dia 31: "Jaime" (1974), "Trás-os-Montes" (1976), "Ana" (1985) e "Rosa de Areia" (1989).
São filmes que "inventam uma linguagem cinematográfica poética e hipnótica, que marcaria o rumo de uma longa tradição do cinema radical feito em Portugal", e que foram uma referência para realizadores como Pedro Costa e João Pedro Rodrigues, sublinha o museu.
Como António Reis também foi assistente de Manoel de Oliveira, será igualmente exibido "Ato da primavera", deste realizador, de 1962.
No dia 23, está prevista uma conversa, intitulada "A imagem do povo: o cinema de Reis e Cordeiro", com a participação do realizador Vítor Gonçalves, do programador Jaime Pena e do diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa.
Antes de Madrid, o cinema de António Reis e Margarida Cordeiro já foi objeto de retrospetiva noutros países, nomeadamente nos Estados Unidos e França.
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