“O processo de vacinação nas empresas industriais exige cuidados especiais para evitar a paralisação descontrolada”, alertou a entidade, referindo que “a concentração num só dia nas fábricas e locais de produção é uma solução a ter em conta”.
A CIP recordou ainda que o agendamento da vacina está a decorrer nas faixas etárias onde se encontra “compreendida, e mesmo focalizada, a esmagadora maioria da população profissionalmente ativa, o que tem sérios reflexos na organização das empresas”.
“É nesse quadro que a CIP faz, desde já, um apelo ao Governo e às autoridades de saúde para que sejam feitos, em tempo útil, todos os esforços capazes de minimizar os impactos na economia" tentando assegurar, "dentro do possível e razoável, o normal funcionamento das linhas de produção”, lê-se na mesma nota.
A CIP diz depois que “as empresas, designadamente as que realizam atividade industrial — com mais de 150 trabalhadores — consideram que a deslocação de equipas de vacinação às fábricas e locais de trabalho destas equipas especializadas seria decisivo para evitar a interrupção constante da produção”.
Na mesma nota, a organização declara que “a concentração da vacinação em cada uma destas empresas — designadamente as industriais — permitiria reduzir ao máximo os elevados custos provocados pelas inevitáveis interrupções”, assinalando ainda “que a vacinação coincide com o início do período habitual de férias dos trabalhadores, o que significa que as equipas já atravessam um período em que as redundâncias estão, em grande medida, a ser usadas”.
Ou seja, para a CIP, “torna-se mais difícil, senão mesmo impossível, encontrar substitutos capazes de executar o trabalho especializado em condições de idêntica segurança e qualidade”.
A organização acredita que “a fragmentação da vacinação ao longo de vários dias e horas afetará a capacidade de produção de muitas empresas, agravando mais ainda os prejuízos causados pela pandemia”, defendendo que “a vacinação nas empresas, concentrada numa manhã ou tarde, reduzirá decisivamente os custos para as empresas e para o país”.
A CIP garante que “este processo de vacinação excecional seria obviamente realizado com todas as condições necessárias: segurança, higiene, privacidade e demais aspetos indicados pela Direção-Geral de Saúde [DGS]”.
A entidade adianta ainda que “as empresas industriais disponibilizam-se a articular o processo com a DGS, autarquias e demais autoridades envolvidas no processo — em especial, a ‘task force’ responsável pela coordenação da vacinação”.
Por fim, a CIP sublinha “que os procedimentos teriam de cumprir todas as exigências da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD)” e que “também não ficaria em causa o caráter facultativo da vacinação, nem a confidencialidade quanto ao facto de se ter ou não aderido à mesma vacinação”.
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