Com 42 anos e licenciada em Educação Social, Cláudia Marinho substitui, desde fevereiro, Ilda Figueiredo, que suspendeu o mandato no executivo para ser candidata à Câmara do Porto nas eleições de 01 de outubro.

Militante do PCP desde 2001 e membro da Direção Regional e da Comissão Concelhia de Viana do Castelo do partido, integrou a lista encabeçada pela antiga eurodeputada Ilda Figueiredo em 2013.

A conquista de um mandato quebrou então um interregno de oito anos da presença da CDU na Câmara de Viana do Castelo.

Além de Cláudia Marinho, a oposição à atual maioria socialista (com cinco eleitos) é composta pela bancada do PSD, com três vereadores.

O outro candidato já anunciado, o presidente da autarquia, José Maria Costa, recandidata-se a um último mandato. O PS é poder no concelho há 24 anos. 

Cláudia Marinho, natural e residente em Viana do Castelo, conjuga “os papéis de mãe, trabalhadora e de interventora política".

Iniciou o percurso profissional aos 18 anos, após terminar um curso tecnológico na área social, ingressando no Gabinete de Atendimento à Família, instituição na qual é hoje coordenadora de um projeto na área da redução de riscos e minimização de danos, no consumo de substâncias psicoativas.

Aos 22 anos ingressou no ensino superior, na Universidade Portucalense, no curso de Educação Social, tendo posteriormente realizado uma especialização em Educação e Promoção da Saúde, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

A vereadora é ainda membro do Movimento Democrático da Mulher, do Movimento Erradicar a Pobreza e da Associação dos Profissionais da Educação Social.

Entre as linhas programáticas da sua candidatura aponta a "exigência de políticas que promovam o crescimento harmonioso de todas as freguesias do concelho, como um todo, com a repartição equilibrada e participada dos recursos existentes".

Para tal, defende “políticas de discriminação positiva, por parte do poder central, que levem à progressiva diluição das assimetrias existentes no país e, também, no seio do Alto Minho".

A CDU defenderá ainda "uma gestão democrática do município, através da elaboração de um regulamento, amplamente discutido, de apoio às associações culturais, desportivas, recreativas, grupos de teatro e de folclore”.

O objetivo é “balizar de forma transparente” esses apoios, “eliminando possíveis dependências dos serviços autárquicos”.

A "revitalização dos conselhos municipais já existentes e constituição de outros, nomeadamente da Cultura e da Juventude", são outras das propostas da candidatura comunista.

A CDU "continuará a não aceitar que a autarquia promova quaisquer formas de compadrio nos processos de recrutamento e de promoção de quadros do seu pessoal”, rejeitando também “a existência da precariedade laboral”.

Nas autárquicas de 2013, o PS manteve cinco mandatos (47,67% dos votos), o PSD conseguiu três (26,56%) e a CDU um, com 10,57%.