“Esta é maior manifestação estudantil que Portugal vê em muitos anos. Quem está aqui está a lutar pelas nossas vidas. Esta é a geração que não quer combustíveis fósseis, não quer mais emissões, quer um país e um mundo que responda pelo ambiente”, referiu Catarina Martins, em declarações à agência Lusa.
De acordo com a líder bloquista, a greve mundial pelo clima é “extraordinária, não só pela sua dimensão, mas também pela articulação internacional”, que é importante.
Catarina Martins adiantou que as questões climáticas têm sido colocadas em segundo lugar pelo Parlamento.
“Aqui, dentro do parlamento, não foi possível acabar definitivamente com os furos de petróleo em Portugal”, afirmou.
A líder do Bloco de Esquerda recordou ainda que "se não existir uma redução carbónica nos próximos 12 anos", as alterações climáticas poderão ser um risco para vida da população mundial, reiterando que "o futuro é agora”.
“Esta é uma luta por um futuro em nome de toda a gente e não em nome do 1% que fica cada vez mais rico, e que está a destruir o futuro de todos”, rematou.
Centenas de milhares de jovens participaram hoje em manifestações em pelo menos 112 países, incluindo Portugal, numa greve mundial de alunos para exigir dos políticos ações concretas contra as alterações climáticas.
Esta greve estudantil mundial tem como lema "fazer greve por um clima seguro" e culmina uma série de manifestações semanais iniciadas no ano passado pela sueca Greta Thunberg, 16 anos, nomeada para o prémio Nobel da paz.
Em Portugal, realizaram-se manifestações em pelo menos 26 cidades.
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