Macron falava na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP23), que decorre em Bona, na Alemanha.
Segundo o chefe de Estado francês, o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas, uma organização da ONU, "está ameaçado porque os Estados Unidos deixaram de o financiar".
Por isso, Emmanuel Macron pediu à Europa para que "preencha esta lacuna", assegurando que a França "cumprirá a sua parte".
"Gostaria que um bom número de países europeus fizesse o mesmo e compensasse o que os Estados Unidos deixaram de dar, para que o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas tenha o financiamento que necessita para continuar a trabalhar em 2018", apelou.
Os Estados Unidos contribuíam com 1,7 milhões de euros para o orçamento do painel intergovernamental.
A chanceler alemã, Angela Merkel, reconheceu, por sua vez, a dificuldade da redução das emissões de gases poluentes e instou a comunidade internacional a trabalhar com "seriedade e confiança" na aplicação do acordo climático de Paris, um "ponto de partida" nos esforços para combater o aquecimento global.
Na sua intervenção, Merkel assumiu que a Alemanha ainda depende do carvão, embora ressalvando que as energias renováveis se converteram num "pilar fundamental".
A COP23 entrou hoje no seu segmento de alto nível, com mais de 150 responsáveis governamentais, incluindo 25 chefes de Estado ou de governo, a subirem à tribuna da conferência para apresentarem as posições e compromissos dos respetivos países.
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