O clube pretende realizar o espetáculo numa arena amovível, num terreno particular situado na parte nascente da cidade, tendo escolhido a data de 13 de outubro para o evento, que apelidou "Corrida da Liberdade", e já apresentando um cartaz com nomes de cavaleiros e grupos de forcados.

"A memória colectiva poveira exige que não nos acomodemos. O Clube Taurino Povoense, serenamente, faz a sua parte. Os poveiros, os aficionados do Norte, vão encher a praça, porque a Póvoa é terra que gosta de tourada. Vai ser uma festa de surpresas", pode ler-se num comunicado enviado pelo clube.

As pretensões do Clube Taurino Povoense em organizar o espetáculo tauromáquico poderão colidir na decisão política tomada pela Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim, em junho de 2018, que aprovou uma proposta do executivo para a interdição da realização, na área do município, de corridas de touros e outros espetáculos que envolvam violência animal.

Na sequência dessa decisão, os responsáveis da autarquia poveira estão a reconverter a praça de touros da cidade numa arena multiúsos, e ainda este verão negaram o arrendamento do espaço para a realização de touradas, alegando a falta de condições de segurança no local.

Contactada pela Lusa, a Câmara da Póvoa de Varzim escusou-se a comentar o evento, garantindo não ter recebido nenhum pedido de licenciamento para o mesmo.