Numa manifestação que reuniu alguns milhares de pessoas em Paris, o lusodescendente voltou a ser ferido, novamente junto ao olho que perdeu em janeiro deste ano durante outro protesto, tendo depois reintegrado o cortejo.
Segundo Jerome Rodrigues partilhou nas redes sociais, foi vítima de golpes de um escudo de proteção da polícia junto à Gare du Nord, onde começou a manifestação deste sábado, e levou com muito gás lacrimogéneo em seguida. O lusodescendente foi assistido no local e voltou a integrar o cortejo mais à frente.
As autoridades francesas negam qualquer agressão física, mas confirmam que foram utilizadas granadas de gás lacrimogéneo, segundo noticiaram meios de comunicação franceses. A agência Lusa tentou contactar Jerome Rodrigues sem sucesso.
A manifestação deste sábado foi a última de 2019 e num feito raro juntou o movimento dos coletes amarelos e os sindicatos que representam os trabalhadores ferroviários e dos transportes públicos, que estão em greve há 24 dias seguidos.
Durante a manifestação, aconteceram vários momentos de tensão com a polícia, com os sindicatos a continuarem a reivindicar o fim da reforma das pensões anunciada pelo Governo. Este foi mais um dia na capital francesa com metro, autocarros e elétricos reduzidos e uma circulação de comboios urbanos e de longo curso muito limitada.
Esta greve já ultrapassou os 22 dias de greve consecutivos de 1995 e pode bater mesmo o recorde da duração de uma greve em França, que aconteceu em 1986-1987 com 28 dias de greve ininterrupta.
A próxima grande manifestação está marcada para dia 09 de janeiro, com mais um protesto intersindical.
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