"Acompanhamos com atenção este movimento. Há o direito de todas as pessoas se manifestarem, desde que o façam de forma ordeira e respeitando a ordem pública, e nós ouvimos o que as pessoas estão a dizer", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas à margem do encontro do Conselho da Diáspora, que hoje decorre no Palácio da Cidadela em Cascais.
Assunção Cristas referiu que, como líder do CDS, a sua preocupação tem sido andar muito na rua e ouvir as preocupações das pessoas, e considerou que "não é por acaso" que o seu partido tem trazido para a "primeira linha da agenda política, do debate político, seja a questão dos impostos demasiado altos, da necessidade de uma baixa dos impostos sobre a gasolina e o gasóleo, seja as questões da saúde que estão a preocupar muito as pessoas por todo o lado".
E acrescentou: "São muitos destes temas que eu vejo agora a serem debatidos na rua".
Questionada sobre as informações que têm vindo a público de a extrema direita poder estar por detrás do movimento inorgânico dos coletes amarelos, Cristas afirmou: "da minha parte, enquanto representante do centro e da direita, a minha preocupação é ouvir as pessoas e trazer as questões para dentro do sistema que, no nosso caso, enquanto partido da oposição, é o parlamento, para serem discutidas".
"A minha obrigação é conseguir fazer ouvir essas vozes antes que elas cheguem à rua. Claro que me preocupa este tipo de movimentos inorgânicos, por isso a nossa preocupação é andar no país todo ouvindo as pessoas e trazendo as suas preocupações", salientou.
Para Assunção Cristas, o movimento "é um alerta para todos". E é também um sinal de que as coisas não "estão a caminhar no melhor sentido, de ter crescimento económico sério, duradouro, com emprego bem remunerado e condições fiscais que nos permitam atrair capital".
"Se não temos condições para crescer melhor, não temos condições para distribuir melhor. E o que as pessoas reclamam são essas mesmas condições", sublinhou. E concluiu: "Não conseguiremos melhores remunerações sem atrair capital".
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