Na apresentação do programa de festividades, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, salientou que depois de dois anos atípicos, devido à pandemia da covid-19, em que o São João foi celebrado “na intimidade”, a autarquia tentou preparar “um regresso que trouxesse uma sensação de normalidade”.

No entanto, face aos constrangimentos provocados por algumas obras em curso como a construção da nova linha Rosa da Metro do Porto, na Avenida dos Aliados, o programa é “diferente e descentralizado”.

“Descentralizámos, alguém que descentralize. Vamos descentralizar os palcos e procurar que, em cada um deles, a vida seja diferente. Interpretar a vida na cidade em função do que é o tempo da cidade. Estamos a fazer uma experiência do que pode ser, no futuro, a forma de fruição da cidade”, afirmou Rui Moreira.

O habitual palco na Avenida dos Aliados será, este ano, substituído por três palcos: um na praça do Rossio nos Jardins do Palácio de Cristal, outro no Largo Amor de Perdição (na zona da Cordoaria) e por último, um na praça da Casa da Música.

Aos presentes na conferência, Rui Moreira salientou que a “pressão” na Avenida dos Aliados era “muito grande” e que, neste momento, com as obras do metropolitano em curso, não existem “condições para fazer um grande concerto”.

“As condições de segurança são inadequadas”, observou, destacando que as obras implicam “problemas de mobilidade” e que seria um “perigo enorme colocar ali pessoas”.

No dia 23 de junho, sobem ao palco do Palácio de Cristal, pelas 20:00, Romana, Saul e Marante. Já pelas 22:00, no Largo Amor de Perdição, os foliões são Toy e José Malhoa e pelas 23:30, na praça da Casa da Música, é a vez de Chico da Tina.

Na Ribeira, o habitual espetáculo de fogo de artificio, está agendado para as 00:00, sendo que este ano, devido às obras na ponte Luiz I, o fogo será lançado a partir de estruturas flutuantes no rio Douro.

“De vez em quando é bom mudar. Este ano, o fogo vai aparecer a partir do rio”, salientou o autarca.

E acrescentou, “trabalhamos em cima do território que temos”.

A circulação no tabuleiro inferior da ponte Luiz I estará proibida e no tabuleiro superior, a circulação estará cortada, sendo que o metro circulará até às 23:45 e retomará “assim que possível”.

As festividades do São João representam um investimento de 630 mil euros, verba que Rui Moreira considerou “razoável para aquela que é a festa popular mais importante do país”.

No dia 24 de junho, o programa das festas continua, a partir das 18:00, com o concerto da Banda Sinfónica Portuguesa, na Concha Acústica do Palácio de Cristal.

As festividades estendem-se ainda pelas sete uniões e freguesias da cidade, onde está prevista animação e música nos dias 17, 18, 19 e 23 de junho. Do programa constam artistas como Quim Barreiros, Zé Amaro e Bandalusa.

Entre os dias 21 de junho e 04 de julho serão expostas, no Mercado Temporário do Bolhão, as tradicionais Cascatas Comunitárias de São João, iniciativa desenvolvida pela Oficina Brâmica.

As festas contam ainda, no dia 02 de julho, com as tradicionais rusgas de São João, que a partir das 17:00, vão desfilar pela praça da Batalha, em direção à rua de Santa Catarina, passando pela rua de Fernando Tomás e Avenida dos Aliados, terminando na praça do General Humberto Delgado com a apresentação final ao júri.

Ao longo das celebrações do São João, são vários os divertimentos espalhados pela cidade, como os carrosséis, carrinhos de choque e barraquinhas de comida de rua na praça Mouzinho de Albuquerque.

A partir de quinta-feira, estes divertimentos serão também instalados no Jardim do Calem e na Avenida D. Carlos I. Já na Alameda das Fontainhas, os equipamentos poderão ser visitados a partir do dia 15 de junho.

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