Segundo o Ministério da Saúde, 27 pessoas morreram e 91 ficarem feridas, a maioria civis, desde o início dos confrontos nos subúrbios a sul de Tripoli na segunda-feira e até quarta-feira à noite.
Os combates opõem milícias leais ao governo de união nacional (GNA, na sigla em inglês), reconhecido pela comunidade internacional e sediado na capital, à “7.ª brigada”, um grupo armado da cidade de Tarhouna (60 quilómetros a sudeste de Tripoli) que dizia depender do Ministério da Defesa do GNA.
Num discurso na televisão, Fayez al-Sarraj, chefe do GNA, assegurou na quinta-feira que aquele grupo já não depende do Ministério da Defesa desde abril e apelou aos dois lados para respeitarem o último cessar-fogo.
Desde 2011 que a capital líbia tem estado no centro de uma luta de influência entre milícias em busca de dinheiro e de poder.
As sucessivas autoridades de transição, entre as quais o GNA, foram incapazes de formar um exército e forças de segurança regulares, tendo sido obrigadas a contar com as milícias para assegurar a segurança da cidade.
Em maio, os protagonistas da crise líbia, Sarraj e o marechal Khalifa Haftar, que domina o leste da Líbia onde criou um autoproclamado exército nacional líbio (ANL), comprometeram-se em Paris a organizar eleições legislativas e presidenciais em dezembro.
No entanto, analistas consideram que a fragmentação do país, a insegurança e a ausência em Paris de alguns atores influentes tornam difícil o cumprimento daquele prazo.
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