O vice-presidente da Comissão responsável pela promoção do estilo de vida europeu, Margaritis Schinas, encontrou-se hoje com vários responsáveis religiosos de toda a União Europeia (UE) para avaliar como é que “as divergências religiosas aparentes podem ser superadas” para “promover a ideia de valores comuns, baseados no respeito pela dignidade uns dos outros”.
Durante a reunião, transmitida em diferido, Margaritis Schinas mencionou uma “escalada que é chocante” de propagação de um discurso de ódio – espalhado pelas redes sociais “a um ritmo que é surpreendente” – e de ataques antissemitas e islamofóbicos.
E recordou que a UE é um bloco comunitário que assegura a liberdade religiosa e a coexistência de crenças.
Margaritis Schinas considerou que o agravamento das tensões no Médio Oriente – desencadeado pela invasão do território palestiniano da Faixa de Gaza por parte de Israel, em retaliação ao ataque sem precedentes conduzido pelo grupo islamita Hamas em 07 de outubro no sul de Israel – teve repercussões em todo o mundo, incluindo na UE, com uma “horrenda onda de violência” e ataques contra mesquitas e sinagogas.
“Há uma grande intensidade no discurso de ódio, não tem nada que ver com crenças religiosas. Podemos trabalhar juntos para as pessoas, quero ouvir-vos sobre as consequências que a guerra teve nas vossas comunidades e, com a vossa ajuda, queremos proteger as pessoas e evitar o contágio regional”, apelou o vice-presidente do executivo liderado por Ursula von der Leyen.
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