Segundo a mesma fonte, esta reunião será convocada pelo presidente do PS, Carlos César, e terá a "análise da situação política" como ponto único na ordem de trabalhos.
Antes, na segunda-feira dia 18, vai reunir-se o Secretariado Nacional do partido, e para o dia 21 está agendada uma reunião da Comissão Política, que irá realizar-se na sede nacional do PS, em Lisboa, um dia depois da divulgação prevista dos resultados das eleições legislativas de domingo passado nos círculos da Europa e Fora da Europa.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, sem os círculos da emigração, a Aliança Democrática (AD), que concorreu no continente e nos Açores, elegeu 76 deputados.
Somando a estes resultados os três eleitos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 79 mandatos – 77 do PSD e 2 do CDS-PP.
O PS elegeu no domingo 77 deputados, num total de 230. Na análise por círculo, os socialistas venceram em Lisboa, Coimbra, Castelo Branco e Setúbal.
Na noite eleitoral, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu a derrota face à coligação de direita e disse que liderará a oposição.
Apesar destes resultados, o secretário-geral do PS disse que o seu partido está “forte, unido e coeso”, prometeu renová-lo e manifestou-se seguro de que a estratégia de oposição não será contestada internamente.
Pedro Nuno Santos assumiu que não obstaculizará a formação de um Governo minoritário da AD, já que não tem uma maioria alternativa para apresentar no parlamento e, por isso, não votará a favor de nenhuma moção de rejeição a esse executivo.
Porém, separou o plano da formação do Governo da questão da viabilização de instrumentos de politica fundamentais, como o Orçamento do Estado.
“O PS vai liderar a oposição. Não vai deixar a oposição para o Chega e para André Ventura. A direita ou a AD não contem com o PS para governar, porque não somos nós que os vamos suportar. E não vai haver divisão no PS”, declarou.
Em relação à subida eleitoral do Chega, Pedro Nuno Santos considerou que a extrema-direita teve um crescimento “muito expressivo que não dá para ignorar”, manifestando-se, contudo, convicto de que “não há 18,1% de portugueses votantes racistas e xenófobos”.
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