Carlos Moedas falava na sessão de abertura da conferência internacional inserida no encontro sobre oceanos "Oceans Meeting 2017", que termina hoje, em Lisboa, sob o lema da saúde dos oceanos e a saúde humana.

Segundo o comissário europeu, "o oceano continua a ser um lugar" onde "há tantas descobertas ainda a fazer" e com "potencial para revolucionar a saúde humana".

Moedas deu exemplos de descobertas importantes para a saúde humana feitas no mar, como a de uma esponja com um composto hoje usado na quimioterapia, e que foi encontrada, em 1945, pelo químico Werner Bergmann, na Florida, nos Estados Unidos, e a de microalgas que são utilizadas na produção de implantes resistentes a infeções pós-cirúrgicas.

Para Carlos Moedas, o mar "é a mais promissora nova fronteira para a inovação na saúde", que requer "colaboração entre países, disciplinas", para que possa "inspirar a excelência científica".

"Precisamos de encorajar cientistas em todos os domínios a contribuírem", frisou, assinalando a necessidade de garantir o "acesso aberto aos dados".

A este propósito, o comissário europeu citou a "Open Science Cloud", ferramenta que permite aos investigadores acederem ao trabalho científico produzido, e que começará a funcionar em 2018, esperando Carlos Moedas que possa estar totalmente operacional em 2020.