As conclusões desta reunião serão apresentadas às 12:00 de domingo na sede nacional do PCP, em Lisboa, pelo secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.
Esta será a primeira reunião do Comité Central do PCP desde que o primeiro-ministro apresentou a sua demissão, em 7 de novembro, e o Presidente da República anunciou a dissolução do parlamento e convocação de eleições antecipadas, para 10 de março.
Em entrevista à SIC Notícias no passado sábado, Paulo Raimundo foi questionado se o PCP já tinha definido alguma meta para as eleições, tendo respondido que o partido está a preparar “o seu trabalho do ponto de vista eleitoral”.
“Temos reunião do Comité Central marcada para o próximo sábado, dia 18, e vamos naturalmente aprofundar essa discussão”, referiu na altura.
Nas suas últimas intervenções, Paulo Raimundo tem saudado a decisão do Presidente da República de convocar eleições – apesar de lamentar que não tenham sido marcadas para o final de janeiro, início de fevereiro – e manifestado confiança num resultado positivo da CDU.
Questionado sobre uma eventual reconfiguração da ‘geringonça’, o secretário-geral do PCP tem insistido que a “única garantia” para melhorar as condições de vida da população é o reforço da CDU, considerando que a atual maioria absoluta socialista, apesar de ter todas as condições, agravou os problemas em vez de os resolver.
Na quinta-feira, numa sessão pública em Lisboa, Paulo Raimundo assegurou que o PCP não vai amparar uma política que favoreça os grupos económicos, apelando a que não se “alimentem ilusões” sobre essa matéria.
O líder do PCP insistiu nesta mensagem numa entrevista ao Diário de Notícias divulgada na sexta-feira, na qual salientou que o seu partido não quer ser um “acessório na política que o PS está a desenvolver neste momento”, acusando o executivo de desmantelar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), alimentar forças reacionárias e não dar respostas nos salários ou na habitação.
Paulo Raimundo tem também defendido que o facto de PSD e Chega terem admitido a aprovação do Orçamento do Estado para 2024 antes de o parlamento ser dissolvido é “revelador” das opções do atual Governo, que acusa de estar a implementar uma “política de direita”.
“Na verdade, para defender os interesses dos bancos, da grande distribuição, das empresas de energia, a direita não precisa de outro orçamento, para isso serve este Orçamento do Estado”, defendeu, numa declaração na semana passada.
A última reunião do Comité Central do PCP ocorreu em 15 e 16 de outubro, poucos dias antes da votação na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2024.
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