Depois de terem tido estreia absoluta no Teatro Camões, em Lisboa, na última semana, a companhia nacional vai levar as duas novas peças dos coreógrafos Rui Lopes Graça e Victor Hugo Pontes a Almada, nesse dia, às 21:30, no espetáculo "Novas Criações".

"Annette, Adele, e Lee" é uma criação conjunta com conceito de Rui Lopes Graça e de João Penalva, com coreografia do primeiro e o artista plástico a assinar o espaço cénico e figurinos.

Tem ainda som de David Cunningham e desenho de luz de Nuno Meira.

De acordo com a sinopse desta nova coreografia, os três nomes próprios que constituem o título são os nomes dos três bailarinos de sapateado que, contratados para dançar num estúdio de gravação de som, deram origem ao material com que David Cunningham compôs o som para este bailado.

O espetáculo não mostra uma narrativa, mas o resultado da junção de interpretações de sapateado e de bailarinos de formação clássica.

"Os bailarinos que vemos, de formação clássica, dançam ao som dos seus colegas do sapateado. Quanto a esses, os que não vemos, poderemos apenas imaginá-los e perguntar como serão. No entanto, os 30 minutos de grande complexidade de padrões sonoros e coreográficos — em que a presença dos três bailarinos é contínua — tornarão memoráveis os seus nomes", descreve a sinopse.

A interpretação é de Andreia Mota, Anyah Siddall, Dylan Waddell, Francisco Sebastião, Inês Moura, João Pedro Costa, Leonor de Jesus, Miguel Esteves, Raquel Fidalgo, Tatiana Grenkova, e Tiago Coelho.

Em "Madrugada", Victor Hugo Pontes assina a coreografia e os figurinos, Rui Lima e Sérgio Martins são os autores da música original e F. Ribeiro criou a cenografia, enquanto Wilma Moutinho é responsável pelo desenho de luz.

"Madrugada" foi desenvolvida com os bailarinos que a interpretam: Aeden Pittendreigh, África Sobrino, Almudena Maldonado, Francisco Couto, Gonçalo Andrade, Henriett ventura, Inês Ferrer, Lourenço Ferreira, Michelle Luterbach, Miguel Pamalho, Nuno Tauber, Paulina Santos e Ricardo Limão.

Esta nova peça coreográfica de Victor Hugo Pontes remete para um período da noite em que acontecem excessos.

"Lusco-fusco, exaustão do corpo, fim de festa, regresso à luz. Dançar a noite toda. No fim o corpo já não pensa, só reage. Todos juntos no escuro: a música, os olhos, as histórias, os tropeções, o corpo suado. Todos consigo mesmos: os olhos fechados, ver muito para dentro, por dentro, o corpo frenético. A noite é de todos, mas a dança é cada vez mais íntima, sozinha", segundo a sinopse da obra.