“Vamos abrir ao cliente individual a partir de 11 de novembro, com o S. Martinho. E vamos estar abertos todos os fins de semana, até começar a obra” de reconstrução das valências destruídas, revelou hoje à agência Lusa Francesca Mello Breyner, do Zmar.
Quando a empreitada arrancar, a abertura aos fins de semana, com a entrada dos clientes à sexta-feira e saída ao domingo, poderá vir a manter-se, caso não colida com os trabalhos.
“Se os trabalhos forem realizados de segunda a sexta-feira, pode ser que continuemos a abrir às sextas. Mas isso ainda terá de ser decidido, porque nem sabemos quando é que a obra começa”, frisou.
Apesar do incêndio ocorrido no dia 24 de setembro ter destruído o restaurante e as cozinhas, assim como o spa, a piscina de ondas e algumas salas, o Zmar, situado na Zambujeira do Mar, concelho de Odemira, no litoral alentejano, vai assegurar algumas das refeições dos clientes individuais.
“Vão ser servidos os jantares aos sábados e pequenos-almoços no sábado e no domingo. À sexta-feira é que não servimos jantar, nem almoços nos outros dias, mas temos também um bar de apoio a funcionar”, destacou.
No que toca a eventos e grupos, o Zmar continua com as mesmas marcações que estavam agendadas e, este mês, vai acolher dois encontros espirituais, cujas entidades organizadoras decidiram manter no empreendimento.
“A partir desta terça-feira e durante uma semana, vamos ter um encontro com um guru espiritual”, que vai reunir “700 a 900 pessoas, vindas de todo o mundo”, e, a partir de dia 26, “decorre um encontro de ioga, também durante cerca de uma semana”, precisou a responsável.
O complexo, acrescentou, também já tem “agendado outro grupo para novembro”, estando igualmente a ser feitas “marcações para vários jantares e almoços de Natal”.
“Fomos afetados pelo incêndio, mas o Zmar não morreu e todos os alojamentos, a área desportiva e a área das crianças estão operacionais”, salientou à Lusa Francesca Mello Breyner.
A Multiparques, empresa proprietária do complexo turístico, gostaria que as obras de reconstrução começassem, pelo menos, “em dezembro”, para que a reabertura de portas, já com a normalidade reposta, pudesse acontecer “em abril”, no período da Páscoa, disse.
“A peritagem [à zona do incêndio] da Polícia Judiciária (PJ) já terminou, mas penso que a do seguro ainda não. A parte afetada já foi toda limpa e, este mês, vai ser vedada”, mas “ainda não está definida qualquer data” para o arranque da obra, acrescentou.
A empresa reiterou que os prejuízos resultantes do fogo “são elevados”, mas o valor ainda não foi quantificado: “Preferimos não especular antes da peritagem do seguro”.
Quanto à origem do sinistro, referiu Francesca Mello Breyner, “especula-se que poderá ter sido provocado por um curto-circuito associado a um equipamento eletrónico”, mas as causas só deverão ser esclarecidas pelo relatório da PJ, que a empresa ainda não recebeu.
O incêndio, em que arderam ainda três veículos de funcionários, obrigou à evacuação do espaço e à retirada de clientes e colaboradores, num total de "cerca de 500 pessoas", mas todo o processo decorreu sem registo de vítimas, nem incidentes, divulgou, na altura, a empresa.
O empreendimento turístico, afiançou a responsável contactada pela Lusa, vai continuar a empregar, ao longo de todo o ano, “um núcleo duro de 50 a 80 pessoas”, atingindo, na época alta, um total de “cerca de 100” funcionários.
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