Os habitantes de Belcastro "são (...) obrigados a evitar contrair qualquer doença que possa exigir assistência médica de emergência", diz um decreto do presidente da câmara local, Antonio Torchia.

Segundo a BBC, que cita o autarca, a medida é "obviamente uma provocação humorística", mas mostra mais efeito do que os avisos urgentes enviados às autoridades regionais para chamar a atenção para as deficiências do sistema de saúde local.

Belcastro, na região sul da Calábria — uma das mais pobres de Itália —, tem cerca de 1.200 habitantes e metade tem mais de 65 anos. E o serviço de urgência mais próximo fica a mais de 45 km de distância, acessível por uma estrada com um limite de velocidade de 30 km/h.

Mesmo em Belcastro, o consultório médico só abre esporadicamente e não oferece cobertura durante os fins de semana, feriados ou fora de horas.

Além da "proibição em adoecer", os residentes não se devem envolver "em comportamentos que possam ser prejudiciais" e devem evitar "acidentes domésticos".

"Não saiam de casa com demasiada frequência, não viajem nem pratiquem desporto, devendo [em vez disso] descansar a maior parte do tempo", é ainda referido.

Contudo, apesar do decreto, não é claro como é que estas novas regras serão aplicadas — se é que o serão de todo.