O Tribunal de Execução de Penas de Coimbra determinou a libertação do condenado em 7 de março de 2017, considerando que estão reunidos os pressupostos necessários para a concessão da liberdade condicional.

António Jorge Machado, conhecido como Tójó, encontra-se detido no estabelecimento prisional de Coimbra desde 16 de agosto de 1999, quando foi detido pela Polícia Judiciária, tendo cumprido dois terços da pena em abril de 2016.

O juiz que analisou o processo diz que o arguido dispõe de apoio familiar e mostra-se arrependido pelos atos cometidos, concluindo que existem condições para que o mesmo se mantenha afastado da prática de novos crimes.

De acordo com a decisão, o arguido não poderá ausentar-se da residência por mais de cinco dias sem autorização do tribunal e deverá ter acompanhamento psicológico, se for necessário.

António Jorge Machado foi condenado pelo Tribunal de Ílhavo, em 17 de abril de 2001, a duas penas parcelares de vinte e três anos de prisão, pela prática de dois crimes de homicídio qualificado, tendo-lhe sido aplicada uma pena única de 25 anos, em cúmulo jurídico.

A então mulher de Tójó e um amigo, coarguidos no mesmo processo, foram absolvidos, por falta de provas.

O duplo homicídio que ocorreu na noite de 11 para 12 agosto de 1999 em Ílhavo, Aveiro, ficou conhecido como “crime satânico”, por ter ocorrido poucas horas após o último eclipse solar do século XX e pelo facto de os suspeitos integrarem um grupo de “death metal”.