Confrontos entre manifestantes palestinianos e polícias israelitas esta manhã na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, provocaram ferimentos em pelos menos 153 civis palestinianos e três polícias israelitas, segundo as equipas de socorro.
Atualizando os dados, o serviço de emergência do Crescente Vermelho palestiniano, citado pela agência France-Presse, indicou que os 153 palestinianos feridos correspondem ao número dos transferidos para hospitais ou clínicas próximas, para receber atendimento médico, a que se juntam três feridos relatados por fonte da polícia israelita.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, os confrontos na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, um setor palestiniano ocupado desde 1967 por Israel, começaram ao início do dia, quando dezenas de homens encapuzados, com bandeiras palestinianas e do movimento de resistência islâmica Hamas, no poder na Faixa de Gaza, entraram na esplanada com pedras, "forçando a polícia a entrar no local para dispersar a multidão e remover as pedras".
A Esplanada situa-se junto da mesquita de Al-Aqsa, construída numa colina que é um dos locais mais sagrados para os judeus, o Monte do Templo, esperando as autoridades dezenas de milhares de palestinianos em Al-Aqsa para as orações muçulmanos de hoje.
A Jordânia administra a Esplanada das Mesquitas, onde se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula do Rochedo, mas o acesso ao local, mesmo junto ao Muro das Lamentações, é controlado por Israel.
A violência em Jerusalém surgiu na sequência de uma série de ataques em Israel e de operações israelitas na Cisjordânia, outro território ocupado desde 1967 pelo Estado judaico.
Desde 22 de março, Israel foi atingido por quatro ataques, os dois primeiros por árabes israelitas ligados ao grupo extremista Estado Islâmico e os dois últimos por palestinianos da região de Jenin, na Cisjordânia, tendo morrido pelo menos 14 pessoas nesses ataques.
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