Questionado à entrada do Congresso de Viana do Castelo se recusou um convite para encabeçar uma lista de apoiantes do candidato derrotado Luís Montenegro ao Conselho Nacional, Pedro Duarte afirmou que “a questão não se colocou”.

“Não estou disponível para integrar lista nenhuma, estou há quase uma década afastado da política ativa e tenho recusado muitos convites, mas estou disponível para ajudar o meu partido nem que seja com ideias”, declarou.

À pergunta sobre qual o tom que espera do Congresso deste fim de semana, o antigo secretário de Estado disse esperar que seja “de unidade”.

“Gostava muito que, quando no domingo sairmos deste congresso, nos sintamos um partido com um líder e não um líder com um partido, espero que haja unidade, sentido de coesão e que estejamos todos a remar no mesmo sentido”, defendeu.

Pedro Duarte escusou-se a comentar como viu a prestação do PSD no debate do Orçamento do Estado - marcado pelas propostas de redução do IVA da luz, que acabou retirada e todas as do PCP e BE chumbadas, tal como as contrapartidas que os sociais-democratas defendiam.

“Não queria fazer comentários, esta é altura de o partido se revitalizar e concentrar internamente para os tempos que aí vêm”, afirmou.

“Quero sobretudo ouvir o líder reeleito e as suas ideias para o país. Eu, como português, e não só como militante, penso que neste momento, mais do que em qualquer outro da vida democrática, precisamos de uma alternativa que se afirme de forma muito veemente”, acrescentou.

Por outro lado, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, confirmou aos jornalistas que irá encabeçar uma lista ao Conselho Nacional, mas procurou afastar a ideia de que seja uma lista de apoiantes de Luís Montenegro.

“Não é uma lista de apoiantes de Luís Montenegro, é uma lista formada por militantes com vontade de se unir à intenção que vou amanhã [sábado] apresentar ao Congresso”, afirmou, salientando que “as diretas terminaram a 18 de janeiro” e Rui Rio é “o líder legitimamente eleito”

“O grande propósito é contribuir para que sejamos úteis ao futuro do PSD”, disse.

O 38.º congresso do PSD arranca hoje à noite com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, três semanas depois de eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.

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