Pela quarta vez desde 15 de março, dia em que começou o confinamento em Espanha, Sánchez apresenta o pedido na câmara baixa do parlamento espanhol (Congresso dos Deputados), o que, se aprovado, vai estender até 25 de maio o estado de emergência.

A sessão começa a partir das 10:00 locais (09:00 em Lisboa) e tem subjacente o pedido feito terça-feira por Sánchez à maior formação da oposição, o Partido Popular (direita), para dar o seu apoio à proposta de prolongamento do estado de emergência.

O estado de emergência é o “único instrumento” que permite ao executivo “lutar contra a covid-19 e salvar vidas”, assegurou Pedro Sánchez num debate no senado espanhol, a câmara alta das Cortes (parlamento).

No primeiro debate em que participou nesta assembleia desde a declaração do estado de emergência, o chefe do executivo espanhol exortou o Partido Popular a “trabalhar” para chegar a um acordo, porque se tem de ser “cauteloso e prudente” na fase de mitigação da pandemia, que se iniciou esta semana.

“Não se vão arrepender”, assegurou Sánchez ao líder do PP no senado, Javier Maroto, que acusou o primeiro-ministro de querer prolongar o período de exceção como uma “ferramenta para se proteger” a si próprio.

Por esta razão, pediu ao Partido Popular para estar “consciente” que, num momento tão crítico como o atual, com tanta incerteza e angústia, os cidadãos esperam e “querem” um acordo entre os dois principais partidos do país para prolongar o estado de emergência e “garantir um futuro de esperança”.

O executivo volta a pressionar o PP, como tem feito nos últimos dias, depois de na segunda-feira ter mesmo avisado que este partido será responsável pelo “caos” que poderá ocorrer ou pelos surtos da pandemia, se não apoiar a medida mais uma vez.

O PP ainda não definiu o seu sentido de voto, o que aumenta a incerteza sobre o resultado da votação.

O atual período de exceção, que foi aprovado em 22 de abril último, corresponde ao terceiro pedido de prolongamento de duas semanas do Governo, tendo sido aprovado em 22 de abril último, com 269 votos a favor, abstenções de pequenos partidos regionais nacionalistas e independentistas (ERC, EH Bildu e BNG) e votos contra do Vox (extrema direita e terceiro maior partido), JxCat (independentistas catalães) e CUP (anti-sistema catalães).

A Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de covid-19, tendo registado de segunda para terça-feira, 185 mortes devido à doença, um ligeiro aumento em relação ao período de domingo a segunda-feira, embora seja o terceiro dia consecutivo abaixo dos 200, havendo até agora um total de 25.613 óbitos.

Segundo o Governo de Madrid, há 867 novos casos positivos, um número abaixo dos 1.000 que se verifica também nos últimos dias, elevando para 219.329 o total de infetados confirmados pelo teste PCR, o mais fiável na deteção do vírus.

A Espanha iniciou na segunda-feira a primeira fase de alívio das medidas em vigor de luta contra a covid-19, com a abertura parcial do pequeno comércio, como barbearias, cabeleireiros e restaurantes que passam a vender comida para levar.

Depois de um confinamento que começou em meados de março, o desmantelamento das medidas impostas vai ser realizado por etapas até ao final de junho, para evitar uma nova onda de contaminação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

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