"Não considero esta cimeira um fracasso", disse Bolton, ao programa da cadeia televisiva CBS "Face the Nation".
"Considero mesmo que foi um sucesso e que o Presidente protegeu e promoveu os interesses norte-americanos", acrescentou.
John Bolton é considerado partidário de uma linha dura em matéria diplomática.
Em março de 2018, quando ainda não integrava a administração Trump, defendeu, numa coluna publicada no Wall Street Journal, que seria "legítimo" os Estados Unidos atacarem primeiro a Coreia do Norte para neutralizar os seus equipamentos nucleares.
"O Presidente manteve a sua ideia" de um acordo aceitável e "fortaleceu seu relacionamento com Kim Jong Un" durante a cimeira, disse Bolton.
"A menos que se considere que um mau acordo teria sido melhor de que não haver acordo, para mim foi um sucesso", acrescentou.
John Bolton considerou que a proposta norte-coreana de desmantelar "de forma total e permanente" um complexo nuclear em Yongbyon era "uma concessão muito limitada" e que Donald Trump só estava pronto para aceitar o desmantelamento da totalidade das instalações nucleares coreanas como condição para o levantamento das sanções económicas.
"O próprio Kim Jong-Un disse, durante a cimeira de Singapura, em junho de 2018, que iriam passar por várias etapas antes de concluir o acordo", afirmou.
"O encontro em Hanói foi uma dessas etapas. O Presidente está disponível para continuar com as conversações", sublinhou.
A cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-Un, em Hanói, no Vietname, na semana que passou, começou com sinais de harmonia entre o Presidente dos EUA e o da Coreia do Norte, mas o entendimento esbarrou na questão da desnuclearização da península coreana, sem que houvesse possibilidade de um acordo.
No primeiro de dois dias de cimeira, quarta e quinta-feira, o líder norte-coreano respondeu pela primeira vez a perguntas de jornalistas ocidentais sobre a questão nuclear, mostrando-se disposto a encontrar uma solução para o problema com Trump.
Mas, no segundo dia, a cimeira terminou mais cedo do que o previsto e sem uma declaração conjunta, tendo sido considerada um fracasso por vários analistas.
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