O Conselho de Curadores anunciou esta terça-feira, em comunicado, que se reuniu e pediu esclarecimentos à administração da Fundação, face às notícias divulgadas este mês sobre buscas da Polícia Judiciária na instituição, devido a suspeitas de crimes económico-financeiros cometidos por alguns elementos.

Mais tarde, o Ministério Público esclareceu que na origem das buscas estiveram suspeitas da prática dos crimes de peculato e de abuso de poder, desde 2012.

Escusando-se a revelar que iniciativas tomou ou que esclarecimentos obteve o Conselho de Curadores, Rudolfo Crespo defendeu ser necessário “aguardar com toda a serenidade pelo inquérito” em curso.

“Não faremos nenhum inquérito policial”, disse, acrescentando: “A nossa preocupação é a obra social da fundação”.

Do Conselho de Curadores fazem parte nomes como o médico Fernando Pádua e o ex-secretário de Estado Vítor Ramalho.

“É claro que estes problemas perturbam e esperamos que se resolvam rapidamente, mas o importante é que a obra social se mantenha. É essa a nossa preocupação”, declarou.

Num comunicado na sua página na internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou, a 04 de janeiro, que no âmbito das diligências foi apreendida “documentação contabilística/financeira e de atas relevantes para o objeto da investigação”.