Na reunião, que vai decorrer a partir das 10:00 no Ministério da Administração Interna (MAI), vai ser também apresentado o relatório anual de segurança privada de 2016.
A reunião do Conselho de Segurança Privada, que esteve inicialmente marcada para a passada sexta-feira e foi adiada para hoje por “motivos de agenda”, foi convocada pelo ministro da Administração Interna, depois da divulgação das imagens que mostravam seguranças a agredir dois jovens junto às instalações da discoteca Urban Beach, em Lisboa.
Eduardo Cabrita já afirmou que é necessário “introduzir rapidamente alterações estruturais” nos regimes da atividade de segurança privada e da videovigilância.
Integram o Conselho de Segurança Privada - um órgão de consulta do ministro da Administração Interna - os diretores nacional da PSP, SEF e PJ, a inspetora-geral da IGAI, o comandante-geral da GNR, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, o secretário-geral do MAI, representantes das associações das empresas de segurança (Associação de Empresas de Segurança e Associação Nacional de Empresas de Segurança) e das associações de profissionais (Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria e Vigilância, Domésticas e Atividades Diversas e Sindicato dos Trabalhadores Técnicos de Serviços).
Segundo o MAI, foram ainda convidados para a reunião representantes da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, da Associação Portuguesa de Segurança, da Associação de Diretores de Segurança de Portugal, da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, da Associação Portuguesa de Bancos, do Banco de Portugal e da Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Depois da divulgação do vídeo, o MAI ordenou o encerramento da discoteca por seis meses, justificando a decisão não só com o episódio da madrugada de 01 de novembro, mas também com 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista".
Dois dos seguranças envolvidos nas agressões aos jovens junto às instalações da discoteca estão desde quinta-feira em prisão domiciliária.
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2016, divulgado a 31 de março, alertava para existência de grupos violentos e organizados infiltrados na atividade de segurança privada, sobretudo naquela que é desenvolvida no contexto de diversão noturna.
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