"A Rússia há muito é considerada um dos países onde mais se bebe no mundo", indica o relatório, destacando que o álcool contribuiu significativamente para o aumento das mortes nos anos 90 e a crise demográfica que se seguiu à queda da União Soviética.
"No entanto, nos últimos anos, essas tendências foram revertidas", diz a OMS.
Segundo os autores do relatório, esse declínio contribuiu para o aumento da esperança de vida, que atingiu um nível recorde em 2018, atingindo os 78 anos para as mulheres e os 68 anos para os homens. No início dos anos 90, a expectativa de vida dos homens era de apenas 57 anos.
O ex-líder soviético Mikhail Gorbachov tentou reduzir o consumo executando uma campanha contra o alcoolismo, proibindo parcialmente a venda de bebidas espirituosas em meados da década de 1980.
Mas, após a queda da união Soviética em 1991, o consumo de álcool explodiu e continuou a crescer até o início dos anos 2000.
Com Vladimir Putin, a Rússia gradualmente introduziu restrições, como proibir as bebidas mais alcoólicas nas lojas depois das 23:00 horas. O preço mínimo de venda para bebidas espirituosas também aumentou drasticamente e a publicidade foi proibida.
De acordo com relatórios anteriores da OMS, os adultos na Rússia agora bebem menos álcool, em média, do que em França e na Alemanha.
A Rússia também lançou uma campanha massiva contra o tabaco, proibindo-o em locais públicos, incluindo muitos parques. A partir de hoje será proibido fumar na varanda.
O uso do tabaco caiu mais de 20% entre 2009 e 2016, com 30% dos russos atualmente a ser fumadores, de acordo com a última pesquisa global sobre tabaco para adultos.
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