“Faltará extinguir cerca de 20% do incêndio. Neste momento não há risco para as habitações e a situação já é mais tranquila”, afirmou Nuno Vaz, que pelas 22:00 fez um ponto de situação à agência Lusa.
No terreno já se encontram três máquinas de rasto a fazer contenção de perímetro e rescaldo, explicou.
Se a situação continuar a evoluir favoravelmente, o presidente do município do distrito de Vila Real espera que o fogo esteja resolvido durante o final da noite ou madrugada.
De acordo com página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 20:30 estavam mobilizados para este fogo 203 operacionais e 59 viaturas.
Nuno Vaz adiantou que o incêndio, que deflagrou pelas 14:41, na freguesia de Vilar de Nantes, começou com “três ignições distintas, com uma distância entre elas de cerca de 500 metros”.
O fogo avançou em três frentes que progrediram com alguma intensidade empurradas pelo vento forte e queimaram pinhal e mato na serra do Brunheiro.
As chamas evoluíram desde a zona da aldeia de Nantes, na freguesia de Vilar de Nantes, pela encosta acima e chegaram a ameaçar as aldeias de São Lourenço, Cela e Tresmundes.
O autarca referiu que um bombeiro teve ferimentos ligeiros durante o combate, apontou que não há, até ao momento, registo de danos em habitações e numa primeira estimativa apontou para uma área ardida de cerca de 150 hectares.
Este foi o segundo grande incêndio a atingir o concelho de Chaves numa semana.
No dia 30 de julho, um outro fogo teve origem em quatro focos distintos perto da aldeia de Vila Verde da Raia, lavrou de forma intensa, consumiu mais de 2.700 hectares e pôs em perigo sete aldeias.
Nas duas ocorrências, o presidente da Câmara de Chaves suspeita de uma intencionalidade na origem do fogo e considerou que estas são situações que o “estão a preocupar muito”.
“Se tivermos em consideração as temperaturas muito elevadas, a baixa humidade e os ventos fortes, e se somarmos a isso uma intencionalidade de alguém que quer fazer arder, é uma situação muito preocupante”, frisou.
O autarca disse que “é altamente suspeito” e que quer parecer haver “aqui uma ação humana” que deverá merecer uma “atenção mais particular por parte da investigação”.
Ainda no distrito de Vila Real, o incêndio que deflagrou na quinta-feira em Alijó entrou em fase de resolução pelas 06:00 de hoje e sofreu uma reativação durante a tarde.
No local, segundo a ANEPC, permanecem 155 operacionais e 43 operacionais que combatem o fogo numa zona de mato rasteiro.
O alerta para este fogo foi dado pelas 12:00 de quinta-feira e teve início perto da zona industrial de Alijó.
O distrito de Vila Real está em estado de alerta especial de nível vermelho.
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