A ciência e a inovação são consideradas fundamentais para apoiar as soluções necessárias para limitar o aquecimento global, sendo a produção de energia um dos principais fatores que leva à emissão de gases com efeito de estufa.
Líderes mundiais iniciaram na semana passada em Glasgow, Reino Unido, duas semanas de debates que têm como objetivo principal impedir que o aquecimento global vá além de 1,5 graus celsius em relação à época pré-industrial.
Hoje, a três dias das conclusões da cimeira da ONU, os trabalhos incidem no que a ciência e inovação podem fazer para apoiar uma ação climática urgente, e demonstrar como os humanos podem viver, e prosperar, num planeta com alterações climáticas e em mudança.
Esta terça-feira é também em Glasgow dedicada à igualdade de género e à participação das mulheres na ação climática. Serão discutidas questões como as mulheres e pessoas marginalizadas serem desproporcionadamente afetadas pelas alterações climáticas, ou a importância da sua liderança e participação em soluções para fazer face ao aquecimento global. E vão ser divulgados alguns dos melhores e mais brilhantes exemplos de igualdade de género na ação climática, de acordo com a programação oficial da COP26.
“Uma adaptação eficaz ao clima exige uma mudança de paradigma que aproveite todo o potencial da ciência e da inovação”, diz-se também no programa de hoje da cimeira de Glasgow, no âmbito da qual se reúnem também hoje na cidade escocesa líderes de governo e dirigentes do setor da saúde.
Porque as alterações climáticas são “a maior ameaça à saúde pública e ao bem-estar global no século XXI”, os responsáveis que participam na sessão vão apresentar os argumentos de saúde para uma ação global ambiciosa em matéria de alterações climáticas.
Também hoje a delegação parlamentar portuguesa presente em Glasgow reúne-se com organizações não governamentais do ambiente nacionais, e tem também encontro marcado com o ministro português do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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