Na quarta-feira Alok Sharma pediu “abertura e flexibilidade” aos negociadores e disse esperar para hoje um texto de resoluções “praticamente final”.
A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), termina na sexta-feira, quando se espera que dela saiam decisões para que o mundo evite um aquecimento global que vá além dos 1,5ºC (graus celsius) em relação à época pré-industrial.
Hoje, além de um balanço dessas conclusões, a cimeira debate a importância das cidades, regiões e ambiente construído na mitigação das emissões de gases com efeito de estufa.
Será o dia dos governos nacionais, das cidades e das regiões e da sua colaboração com o setor privado para um melhor ambiente construído, no sentido de se começar a luta contra as alterações climáticas a nível local para a partir daí se chegar ao nível global.
Vai falar-se por exemplo do que se pode fazer a nível dos municípios para um melhor ambiente, sem emissões de gases com efeito de estufa e ao mesmo tempo mais resistente aos efeitos das alterações climáticas.
No penúltimo dia da cimeira serão ainda discutidos temas como a crise climática e a crise dos direitos da criança, num debate organizado pela UNICEF; o caminho para acabar com a produção de combustíveis fósseis, ou a forma de impedir o colapso climático agindo sobre a Amazónia.
Duas outras organizações internacionais, a ambientalista “World Wide Fund for Nature” (WWF) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estão também na organização de outros eventos que decorrem paralelamente às conversações para se encontrar um acordo final e consensual na sexta-feira.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos estão reunidos até sexta-feira em Glasgow, na Escócia, na COP26 para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e dois graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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