Numa intervenção no plenário de avaliação das negociações na cimeira do clima da ONU, Frans Timmermans afirmou que os países desenvolvidos não fizeram o suficiente para chegar aos 100 mil milhões anuais em 2020 e considerou "francamente uma desilusão" que se adie esse prazo para 2023.

Contudo, no projeto de texto final que está atualmente em discussão, a horas do fim da cimeira, estende até 2025 esse prazo.

"Nos últimos meses, foram feitos esforços consideráveis para atingir o que falta. A União Europeia já deu 27 mil milhões e está pronta para explorar a hipótese de fazer esforços adicionais", declarou.

Timmermans, que é o comissário europeu para a Ação Climática, defendeu que na próxima cimeira do clima, prevista para 2022, no Egito, é uma obrigação dos países signatários do Acordo de Paris poderem dizer que cumpriram e que os seus compromissos garantem que o aumento da temperatura global no fim do século não supera 1,5 graus centígrados.

"Toda a gente tem que assumir as suas responsabilidades. A União Europeia faz a sua parte, as nossas metas até estão vertidas numa lei", argumentou.

No fim do dia, "garantir que os maiores emissores [de gases com efeito de estufa] reduzem as suas emissões" tem que estar "no coração das conclusões" da COP26, instou.

No que respeita à constituição de um mercado global de licenças de emissões poluentes, defendeu que da COP26 têm que sair regras "que garantam a integridade ambiental" e não subvertam a ambição dos planos de redução de emissões e de transição para energias renováveis dos países.

"O compromisso em cima da mesa aqui em Glasgow é uma opção melhor do que havia em Madrid", onde se reuniu a última cimeira do clima, em 2019, mas é preciso "agir depressa para preencher as brechas e poder dizer que, finalmente, há acordo sobre o livro de regras" para cumprir o Acordo de Paris.

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