A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que a Direção Geral de Mísseis do Norte “conduziu com sucesso um teste de separação e controlo de orientação de ogivas móveis individuais”.
De acordo com a KCNA, o teste teve como objetivo “garantir as capacidades do MIRV”, uma tecnologia que permite atacar alvos diferentes com várias ogivas no interior de um único míssil.
A agência alegou que o teste foi realizado utilizando apenas a primeira fase de um míssil balístico de alcance intermediário que utiliza combustível sólido “num raio de 170 a 200 quilómetros”.
Parâmetros que são ideais “para garantir a máxima segurança” e avaliar a fiabilidade do sistema, acrescentou a KCNA, que garantiu que as ogivas foram “corretamente guiadas” em direção a três alvos diferentes.
A agência disse também que um radar antiaéreo verificou o funcionamento correto de uma isca equipada juntamente com o projétil, usado para atrair fogo inimigo que poderia tentar abater o míssil.
Um míssil com múltiplas ogivas estava entre os sistemas de armamento de alta tecnologia que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mencionou como objetivos durante uma reunião do partido único, no início de 2021.
As forças armadas da Coreia do Sul disseram na quarta-feira que o vizinho Norte tinha testado o que parecia ser um míssil hipersónico, mas que o lançamento terminou em fracasso.
O míssil foi disparado a partir de território norte-coreano por volta das 05:30 (21:30 de terça-feira em Lisboa) e os serviços de informação sul-coreanos e norte-americanos estavam a efetuar uma análise detalhada ao lançamento, informou o Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, em comunicado.
De acordo com um responsável do JCS, citado pela agência de notícias France-Presse, Pyongyang parece ter testado um míssil hipersónico, embora o disparo tenha falhado depois de um voo de cerca de 250 quilómetros que terminou com uma explosão.
A mesma fonte disse que parecia estar a sair uma quantidade invulgar de fumo do míssil, o que levanta a possibilidade de problemas de combustão.
O míssil poderá ter sido propulsionado por combustível sólido, avançou ainda o responsável.
O Japão também confirmou o lançamento e a guarda costeira nipónica referiu que o míssil acabou por cair no mar do Japão.
O lançamento ocorreu poucas horas depois de Pyongyang ter enviado centenas de novos balões carregados de lixo para a Coreia do Sul, o que levou à suspensão temporária das partidas e chegadas no aeroporto de Incheon, perto de Seul.
O último lançamento de mísseis da Coreia do Norte tinha acontecido em 30 de maio, quando Seul acusou Pyongyang de disparar uma salva de cerca de dez mísseis balísticos de curto alcance.
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