As eleições na Coreia do Sul acontecem após uma campanha marcada por desqualificações, em que as promessas de melhoria económica foram ofuscadas pelos escândalos que atingiram os candidatos, considerados por muitos os piores que país teve em democracia.
O baixo nível exibido e as sombras que cercam Lee e Yoon parecem inclinar muitos sul-coreanos a não votar em nenhum ou a optar pelo “menor dos dois males”.
Entre outras coisas, Lee foi associado a um escândalo de corrupção multimilionário quando era presidente da câmara de Seongnam, enquanto Yoon foi escrutinado pelo facto da sua mulher, Kim Keon-hee, ter sido acusada no passado de aceitar subornos ou manipulação de ativos de ações.
Ambos chegam com cerca de 40% nas intenções de voto nas últimas sondagens, embora uma variável de última hora possa favorecer Yoon, que acordou uma futura coligação com o centrista Ahn Cheol-soo na última quinta-feira.
Nas mãos dos 27,5 milhões de sul-coreanos chamados às urnas na quarta-feira (36% do eleitorado, cerca de 16 milhões de pessoas, já votou antecipadamente), está a possibilidade de dar continuidade aos liberais ou de quebrar pela primeira vez os ciclos de 10 anos de alternância entre os dois blocos desde 1987, quando o país recuperou a democracia.
Apesar de haver 13 candidatos diferentes, estas eleições para eleger o Presidente da Coreia do Sul para os próximos cinco anos são apenas uma corrida entre Yoon, um antigo procurador, e Lee, do Partido do Poder Popular (PPP).
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