A mesma fonte detalhou que residem, no total, 39 brasileiros na província de Hubei, da qual Wuhan é capital.

Vários países já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido.

Portugal retirou no domingo vinte cidadãos nacionais de Wuhan, incluindo dois diplomatas e duas mulheres, com dupla nacionalidade brasileira e portuguesa.

Brasília anunciou, no domingo, que decidiu enviar um avião para repatriar os brasileiros que se encontram nas cidades afetadas pela quarentena.

“Serão trazidos todos os brasileiros que se encontram naquela região e que manifestarem desejo de retornar ao Brasil”, lê-se no comunicado, difundido em conjunto pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

A mesma nota divulgou que os brasileiros que forem retirados de Wuhan serão submetidos a quarentena quando chegarem ao Brasil.

O Governo chinês defendeu hoje, no entanto, ter “capacidade” para proteger os brasileiros que ficaram retidos em Wuhan.

“Nós vamos cuidar bem dos brasileiros que estão na China”, garantiu à agência Lusa a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.

Lembrando que o Brasil é um país amigo da China, Hua assegurou que Pequim é “capaz de vencer a guerra contra a epidemia” causada por um novo coronavírus, que já causou 361 mortes na China e um nas Filipinas, e de “proteger a vida e a saúde dos cidadãos chineses e estrangeiros radicados no país”.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

A China elevou hoje para 361 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, tendo-se registando também uma morte nas Filipinas, mas de uma cidadã chinesa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na semana passada uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.