Discursando na cerimónia de encerramento da feira, António Costa disse que esta “travessia literária”, da participação de Portugal na feira de Guadalajara, tem “desígnios claros” e estava pensada há pelo menos uma década: “Multiplicar as possibilidades de o México e os mexicanos conhecerem Portugal”.
Para o primeiro-ministro português, a literatura e as artes – presentes num programa cultural português alargado durante uma semana em Guadalajara -, são “fatores de identidade, são matéria mediadora”, sendo o México um “parceiro incontornável com o qual Portugal está empenhado em reforçar e ampliar as modalidades de cooperação”.
No discurso de encerramento, António Costa convocou ainda a obra de José Saramago, escritor que teve uma antiga relação de proximidade com o México e com esta feira do livro, a maior da América Latina, dizendo: “Chegamos sempre ao sítio onde nos esperam”.
Recordando os 20 anos desde que José Saramago recebeu o Nobel da Literatura, e o discurso proferido em Estocolmo, o primeiro-ministro disse que “a literatura e o conhecimento têm um poder fulgurante para, no intervalo curto de duas gerações, transformar a vida e, ao fazê-lo, transformar o mundo”.
A cerimónia de fecho da feira do livro serviu também para uma passagem de testemunho de Portugal para a Índia, país convidado de 2019.
António Costa recordou a ascendência indiana – o que causou um ligeiro burburinho de espanto na plateia - e sublinhou que Portugal tem “uma profunda e contínua ligação histórica e cultural” com a Índia, um país que “tantas vezes foi lugar de idas e vindas da literatura escrita em português”.
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