Este encontro, entre Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, pela parte de Portugal, e o general Hamilton Mourão, pela parte brasileira, aconteceu pouco antes do início da XIII Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda.
“Encontrei-me, juntamente com o Presidente da República, com o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão”, escreveu o primeiro-ministro português, na sua conta oficial na rede social Twitter.
Segundo António Costa, a reunião com o “número dois” do Estado brasileiro foi “uma conversa positiva sobre o reforço das relações económicas, científicas e culturais entre dois países que, mais do que quaisquer outros, aproximam a Europa e a América Latina”.
Na quinta-feira, logo à chegada a Luanda, o Presidente da República, em declarações aos jornalistas, rejeitou que exista um afastamento progressivo do Brasil em relação à CPLP, considerando mesmo que está agora “numa onda de maior aposta” nesta organização internacional.
Na cimeira de Luanda da CPLP, o Brasil está representado por Hamilton Mourão, de 67 anos, substituindo o chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que está com problemas graves de saúde.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que não é verdadeira essa ideia de afastamento do Brasil em relação à CPLP, dando como exemplo as participações do anterior chefe de Estado brasileiro, Michel Temer, que esteve nas cimeiras de Brasília e de Cabo Verde.
“Para esta cimeira, em Luanda, está o vice-presidente, uma personalidade particularmente forte na estrutura institucional brasileira. São públicos e notórios os problemas de saúde do presidente brasileiro”, respondeu.
Tendo ao seu lado o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se aos resultados de um recente encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil.
“Fiquei com a ideia de que o Brasil está numa onda de maior aposta na CPLP e não na onda que tradicionalmente se dizia, a qual passaria por olhar para esta realidade de uma maneira bilateral. Não, a minha convicção é que o Brasil acompanha esta passo multilateral: Fazer-se o que se tem a fazer em conjunto”, sustentou.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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