Esta é uma das respostas de António Costa a uma entrevista de uma página que concedeu a este jornal de Santiago, no dia em que inicia uma visita oficial de 48 horas ao Chile.

Perante a pergunta se é verdade que o atual Governo português está agora a passar por uma "crise de boas notícias" (uma citação do jornal português Público) após anos de austeridade, Costa responde: "Este Governo manterá um forte compromisso com o rigor das contas públicas".

"Estamos a enfrentar os bloqueios estruturais do país", completa o primeiro-ministro.

Na mesma entrevista, apesar de falar em rigor orçamental, António Costa demarca-se também, indiretamente, da via económico-financeira seguida pelo anterior executivo PSD/CDS-PP e critica a política de austeridade imposta a Portugal pela ‘troika' entre 2011 e 2014.

"Este Governo sempre defendeu que, para haver sustentabilidade na consolidação das contas públicas, teria de haver um maior equilíbrio entre crescimento económico e consolidação orçamental", declara, já depois de se ter referido aos números mais recentes da economia portuguesa, "que está num momento de viragem".

António Costa fala então num crescimento económico mais forte do que o esperado, num aumento das exportações e numa redução do desemprego para menos de 10%.

Porém, adverte que o principal desafio de Portugal é enfrentar os seus bloqueios estruturais, apostando, por isso, na qualificação da mão-de-obra e na modernização do Estado.

No que respeita às relações bilaterais com o Chile, o líder do executivo defende que estas "têm raízes históricas profundas".

"A distância geográfica é compensada por uma excelente relação ao nível institucional e por uma empatia natural e espontânea entre os povos dos dois países", advogou o primeiro-ministro, apontando, como caso concreto, a deslocação de centenas de bombeiros portugueses para combater incêndios florestais no Chile.

António Costa defende depois que as relações bilaterais "têm um grande potencial de crescimento, sobretudo ao nível comercial e cultural".

Na entrevista, o primeiro-ministro aponta ainda que Lisboa é neste momento capital Ibero-americana da cultura e, ainda, que assume a presidência da Rede Mundial de Cidades Magalhânicas.

"Portugal pretende participar ativamente nas celebrações do V Centenário da primeira viagem de circunavegação, que se celebrará entre 2019 e 2022", acrescenta.

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