António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião do Grupo Parlamentar do PS, depois de questionado sobre o diferendo entre o executivo e o setor profissional dos enfermeiros.
Nas suas declarações, o primeiro-ministro apenas se referiu ao SEP, “que tem mantido negociações com o Governo desde abril”, e não aos dois sindicatos que avançaram para a greve, SIPE (Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem) e SE (Sindicato dos Enfermeiros).
“Tem havido uma postura construtiva por parte do Governo para procurar identificar questões que são justas, que são compatíveis com a nossa estratégia orçamental e tendo em conta o equilíbrio que temos de ter entre as diferentes carreiras, entre as carreiras gerais, para não criar situações de desigualdade relativa. Esse é o trabalho que tem sido feito pelos ministérios da Saúde e das Finanças e tenho esperança de que se encontre um acordo com o SEP nos próximos dias”, declarou António Costa.
Em relação ao descongelamento das carreiras, o primeiro-ministro disse que se trata de um dos assuntos em discussão com o SEP.
“O descongelamento de carreiras será especialmente benéfico no caso dos enfermeiros, já que têm um sistema de avaliação e de pontuação majorado relativamente aos outros quadros da administração pública. O impacto será mais positivo”, sustentou.
Outro tema que tem estado em análise, segundo António Costa, é relativo à aplicação das 35 horas de trabalho semanais para enfermeiros com contratos individuais de trabalho.
“Há também a situação específica das novas gerações de enfermeiros especialistas que têm uma situação diferenciada face aos antigos enfermeiros especialistas e aos enfermeiros gerais. São estes os temas que têm estado em análise, ainda não há acordo, mas está marcada uma nova reunião para prosseguir a negociação com o SEP, creio que para quinta-feira”, referiu António Costa.
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