A alteração mostra o contínuo movimento da crosta quando se cumprem seis anos desde o sismo de magnitude 9 na escala aberta de Richter, que gerou um tsunami e provocou a segunda pior catástrofe nuclear da história em Fukushima.
Imagens captadas por satélite registadas pela Autoridade de Informação Geoespacial do Japão (GSI) mostram que, num ponto da península de Oshika, em Miyagi, o solo elevou-se mais de 40 centímetros em comparação com medições realizadas um dia depois do sismo, disse à Efe um porta-voz da entidade.
Segundo a agência Efe, a península de Oshika cedeu cerca de 120 centímetros no terramoto e deslocou-se mais de cinco metros.
Vários pontos usados como referência para projetos de obras públicas também mostram alterações de elevação.
Comparando com medições de outubro de 2011, esses pontos subiram 30 centímetros na localidade de Ishinomaki (Miyagi), 24 centímetros em Kesennuma (Miyagi), 17 centímetros em Kamaishi (Iwate) e 14 centímetros em Shinchi (Fukushima).
“Após um grande terramoto ocorre um movimento lento da crosta”, disse a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, que considera “difícil prever quanto mais vai aumentar e quanto tempo vai durar a mudança”.
A agência disse que observaram crescimentos em todas as áreas — pelo que não mudou o nível do mar –, mas que a mudança está a afetar a construção de muros nas cidades portuárias que adotaram a medida para se protegerem da ocorrência de tsunamis.
O forte terramoto de 11 de março 2011 gerou uma onda com mais de 15 metros, que causou mais de 18.000 mortos e desaparecidos.
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