De acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, o país, com 44 milhões de habitantes, ocupa atualmente o sexto lugar em relação ao número de pessoas infetadas, muito perto da Colômbia, que é quinto, com 924.098 casos (mais cerca de sete mil infeções que a Argentina).
Em termos de óbitos, a Argentina está em 12.º lugar a nível mundial, tendo na última semana registado um recorde de mortos, com 515 vítimas fatais na sexta-feira.
Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde argentino comunicou 386 mortes provocadas pela doença, além de 9.524 casos.
O Governo argentino anunciou na segunda-feira uma nova prorrogação, até 25 de outubro, das medidas de isolamento social, obrigatórias em núcleos de 18 províncias, incluindo na área metropolitana de Buenos Aires, a mais povoada do país.
Ao abrigo das medidas de combate à pandemia, eventos culturais, recreativos ou religiosos em espaços públicos ou privados que reúnam mais de 10 pessoas e eventos sociais em espaços fechados continuam a ser proibidos, bem como desportos com mais de 10 participantes.
Um plano para o regresso progressivo às aulas presenciais, após sete meses de atividades virtuais, foi dado a conhecer, a começar pelos distritos que apresentam baixo risco, cumprindo o protocolo sanitário.
Entre eles está a capital, onde as escolas estão hoje a reabrir gradualmente as portas, com estudantes do último nível de cada ano letivo.
O regresso às aulas será feito por turnos, com grupos de dez alunos e um professor, organizados de forma a que não se cruzem com outro grupo, por forma a permitir que, caso um aluno ou professor apresente sintomas do vírus, apenas uma turma seja isolada, em vez da escola inteira.
O cansaço da população com as medidas de quarentena, num país em grave recessão desde 2018, sem fim à vista, tem levado muitos às ruas.
No domingo, milhares de pessoas, convocadas através das redes sociais, saíram à rua para protestar contra a gestão da pandemia e contra a reforma do sistema judicial promovida pelo Governo.
Embora aparentemente o apelo não tenha vindo de nenhuma formação política, líderes da “Juntos por el Cambio” (Juntos pela Mudança), uma coligação do ex-Presidente Mauricio Macri (2015-2019), como a ex-ministra Patricia Bullrich, apoiaram a manifestação, que se segue a várias nos últimos meses.
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