"A decisão hoje tomada pelo Governo em Conselho de Ministros é um motivo de grande satisfação para nós, mas também de grande responsabilidade. É uma prova de confiança no nosso setor e por isso temos agora de fazer tudo para que os clubes cumpram as regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)", disse o presidente da AGAP em declarações à agência Lusa.

Entre as medidas que terão de ser implementadas, além dos cuidados de higiene e desinfeção comuns a outras atividades, a DGS propõe um distanciamento de três metros entre utilizadores, sugere a marcação das aulas e treinos, e impõe que apenas possam ser usados os cacifos e sanitários e que todos os funcionários e clientes tenham de usar máscara, com exceção aos períodos em que estão a dar aulas ou a treinar, respetivamente.

José Carlos Reis admite que estas regras são uma restrição importante ao normal funcionamento da maioria dos ginásios, mas sublinha que esta é apenas uma primeira fase.

"Trata-se de uma primeira fase de abertura e também sabemos que nem todos os clientes vão voltar de imediato, por isso é uma situação que conseguiremos gerir. Há pessoas com medo de serem infetadas, há populações de risco, por isso acreditamos que aos poucos estas medidas serão aligeiradas e o que mais importa agora é ganhar a confiança das pessoas e trazê-las de volta aos nossos espaços", sublinha, lembrando que esta decisão foi preponderante para o setor, que vive sob a ameaça do encerramento de muitos destes estabelecimentos.

"Há já muitos ginásios à venda por todo o país e não conseguir reabrir no dia 01 de junho seria o caos, seguramente com centenas de ginásios a serem encerrados", garante.

O primeiro ministro António Costa anunciou hoje que os ginásios e clubes de 'fitness' vão poder voltar a abrir portas a partir de segunda-feira.

Portugal contabiliza pelo menos 1.383 mortos associados à covid-19 em 31.946 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da DGS divulgado hoje.

O Governo aprovou hoje novas medidas para entrarem em vigor na segunda-feira, 01 junho, com destaque para a abertura dos centros comerciais (à exceção da Área Metropolitana de Lisboa, que continuarão encerrados até, pelo menos, 04 de junho), dos ginásios, dos ATL ou das salas de espetáculos.

Estas medidas juntam-se às que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para este sábado, 30 de maio, e a abertura da época balnear para 06 de junho.

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