"Mais do que o cumprimento desse plano, que não se adequava na altura, foi a sua evolução", afirmou o autarca, no final de uma reunião na sede da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, em Évora.
José Calixto disse, em declarações aos jornalistas no final da reunião, que, no início do surto "daquela grandeza", foram tomadas "outras medidas" e "feitas atualizações" ao plano de contingência do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS).
O encontro contou também com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, os secretários de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, que é também o coordenador no Alentejo da execução das medidas de prevenção e combate à pandemia, e da Saúde, António Lacerda Sales, e responsáveis das autoridades de saúde.
Com a situação no lar da FMIVPS, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Até quarta-feira, segundo a atualização do boletim epidemiológico, divulgada hoje pelo município, este concelho do distrito de Évora registava 17 mortes, 124 casos ativos e 21 curados.
O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz indicou que a fundação está a tentar contratar quatro enfermeiros e que ainda não o conseguiu, lembrando que as duas da instituição testaram positivo para a covid-19.
"Estamos a contratar quatro enfermeiros, pagando-lhe o mesmo de qualquer instituição pública", insistiu.
Para o autarca alentejano, a saúde pública fez "um trabalho excecional" para o controlo epidemiológico na comunidade, depois de "mais de duas dezenas de trabalhadoras da FMIVPS" terem testado positivo.
"Durante todas estas semanas, nunca houve descontrolo das candeias de propagação na comunidade, porque a saúde pública conseguiu antecipar sempre os confinamentos", sublinhou o responsável.
"Também é verdade que pressionámos a testagem massiva e, se calhar, estamos com 20% de testagem no concelho de toda a população", acrescentou.
Portugal contabiliza pelo menos 1.679 mortos associados à covid-19 em 47.765 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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