Em comunicado, a "C40 Global Mayors Covid-19 Recovery Task Force", organização que envolve presidentes de Câmara de cidades de todo o mundo num esforço de coordenação de políticas, entre os quais o presidente do município de Lisboa, Fernando Medina, defende que o investimento em ‘soluções verdes’ criaria 50 milhões de empregos, evitaria 270 mil mortes prematuras e traria 280 mil milhões de dólares (mais de 238 mil milhões de euros) em benefícios económicos globais.
Os autarcas expressam ainda a sua “profunda preocupação” por apenas entre 3% e 5% dos 12 a 15 mil milhões de dólares (quase 12,8 mil milhões de euros, neste último caso) atribuídos para combater a pandemia e os seus efeitos serem dirigidos a ‘iniciativas verdes’.
"Ignorando a oportunidade de investimentos de estímulos ecológicos rápidos, a maioria dos governos nacionais e instituições globais são suscetíveis de nos conduzir a alterações climáticas catastróficas", advertem os autarcas.
Uma recuperação “verde e justa” canalizaria também os fundos para investimentos como ciclovias e energias limpas, sendo que essa abordagem permitiria obter benefícios tanto económicos como de saúde para as 100 principais cidades do mundo e para as suas cadeias de abastecimento, lê-se na nota.
Por outro lado, uma “recuperação verde” criaria mais de 50 milhões de empregos “bons e sustentáveis” até 2025.
Mais de 270 mil vidas poderiam também ser salvas na próxima década em mais de 100 cidades se a poluição atmosférica fosse reduzida em até 29%, em comparação a um regresso normal à atividade, e seria possível poupar mais de 1,4 mil milhões de dólares (quase 1,2 mil milhões de euros) em custos de saúde com internamentos hospitalares devido a doenças respiratórias e cardiovasculares associadas à má qualidade do ar.
Além do presidente da Câmara de Lisboa, integram a rede C40 os presidentes dos municípios de Los Angeles, nos Estados Unidos, de Milão, em Itália, e de Medelin, na Colômbia, entre outros.
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