Antes das 06:00 TMG (a mesma em Lisboa), o Brent para entrega em maio cotava-se a 32,05 dólares, mas depois voltou a cair devido à contínua inquietação dos mercados resultante da propagação do Covid-19.
O petróleo do mar do Norte, de referência na Europa, tem sofrido fortes quedas nas últimas semanas devido ao receio dos investidores de um brusco recuo da procura resultante das restrições de movimentos, voos e atividades produtivas e empresariais como consequência da pandemia de Covid-19 e da guerra de preços lançada pela Arábia Saudita.
Na semana passada, os preços do ouro negro afundaram-se na sequência da decisão saudita, o maior produtor de petróleo do mundo, de baixar o preço das suas exportações, e da pandemia do Covid-19.
A queda do petróleo ocorreu depois da aliança entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros nove produtores ter fracassado em 06 de março em Viena, pela primeira vez desde que se tinha constituído em 2016, ao não chegar a um acordo sobre um novo corte da oferta conjunta de petróleo.
Um dia antes, a OPEP tinha acordado por unanimidade a iniciativa da Arábia Saudita de retirar do mercado 1,5 milhões de barris por dia para travar a queda da procura provocada pelo novo coronavírus.
Os analistas estimam que a guerra de preços possa levar ao afundamento do "ouro negro", para cerca de 20 dólares por barril, a menos que os sauditas e os russos voltem a negociar.
A OPEP estima que este ano o total da procura de petróleo não ultrapasse, como tinha calculado, a barreira psicológica dos 100 milhões de barris diários, mas que fique numa média de 99,73 milhões de barris.
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