De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, 423 das 1.300 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje, após confirmação da causa de óbito.

As autoridades de saúde locais investigam ainda a eventual relação de 3.928 mortes com a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e que foi registada oficialmente no país no final de fevereiro.

A taxa de letalidade da doença desceu hoje para os 3,8%, quando o país, com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem uma incidência de 35,3 óbitos e 916,9 casos da doença por cada 100 mil habitantes.

O Brasil, segundo país com mais mortes e infetados do mundo, mas também o segundo com maior número de recuperados, registou até ao momento 1.209.208 casos de pacientes que conseguiram superar a covid-19.

Segundo a tutela da Saúde, 643.483 infetados continuam sob acompanhamento.

São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, é o foco da pandemia no Brasil, acumulando 386.607 casos confirmados e 18.324 vítimas mortais, seguido pelo Ceará, com 139.437 infetados e 6.977 óbitos.

Em terceiro lugar na lista de unidades federativas mais afetadas pelo novo coronavírus surge o Rio de Janeiro, que concentra oficialmente 132.822 casos de infeção e 11.624 mortos.

O diretor para doenças infecciosas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Marcos Espinal, afirmou hoje que não há evidências de que o Brasil ou qualquer área do país tenha atingido a imunidade de grupo contra a covid-19.

O termo diz respeito ao momento em que é atingida uma situação de proteção coletiva, em que grande parte da população está imune e impede que a pandemia se alastre.

"Para atingir essa imunidade, é estimado que entre 50% e 80% da população de determinado local tenha ficado imune ou infetada pelo vírus", indicou Espinal, citado pela imprensa brasileira, frisando que isso não ocorreu no Brasil.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 574 mil mortos e infetou quase 13,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.