De acordo com as autoridades de saúde búlgaras, há quatro casos confirmados naquele território: duas pessoas que não viajaram, nem tiveram contacto com pessoas de áreas de risco e que, por sua vez, transmitiram a doença a outras duas, uma delas uma mulher da equipa médica que atendeu os primeiros infetados.

Na Moldávia, o único caso confirmado é o de uma mulher de 48 anos que foi hospitalizada em Itália, mas deixou a unidade de saúde para voltar ao seu país.

"A mulher que testou positivo para coronavírus chegou ontem [sábado] num avião vindo de Milão", disse a ministra da Saúde da Moldávia, Viorica Dumbraveanu, acrescentando que aquela pessoa "agiu de forma irresponsável, deixou o hospital, apanhou um avião e voltou para casa".

A condição da paciente, que tinha patologias anteriores ao contágio, é "séria", disse Dumbraveanu.

Por sua vez, o ministro do Interior, Pavel Voicu, garantiu que as autoridades estão a tomar todas as medidas para localizar outros passageiros que tenham viajado no voo em questão.

A Bulgária e a Moldávia estão entre os últimos países da Europa a serem afetados pelo vírus.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 105 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.

Depois de a China ter colocado 60 milhões de pessoas em quarentena para tentar travar a epidemia, a Itália anunciou uma medida idêntica no norte do país, que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.

A Itália registou já 233 mortos em quase seis mil pessoas detetadas com o novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Em Portugal, estão confirmados 21 casos de infeção e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que o risco da epidemia em Portugal poderá ser reavaliado nas próximas horas, e levar à adoção de novas medidas excecionais.