"Estamos a atravessar uma pandemia muito grave, com consequências completamente imprevisíveis. Os recursos humanos especializados, na área da saúde, são muitíssimo importantes no combate ao Covid-19. Mas os recursos técnicos, como os ventiladores, podem revelar-se, no socorro de doentes vítimas de coronavírus, absolutamente cruciais. Pode representar a diferença entre viver ou morrer", justifica o presidente do município, Rui Marqueiro.

A decisão de comprar os ventiladores surgiu depois de Marqueiro ter contactado o provedor da Santa Casa da Misericórdia local, João Peres, para saber se o hospital tinha capacidade para receber doentes com coronavírus.

"Na sequência dessa conversa e após resposta da direção clínica da unidade de saúde, Rui Marqueiro, consciente de que estes equipamentos são essenciais para acudir aos infetados em situação aguda, ordenou que se avançasse com a compra dos ventiladores até ao limite da capacidade de instalação do hospital", refere fonte da autarquia.

Marqueiro faz votos que os ventiladores cheguem o mais rapidamente possível.

"Neste momento, não é altura de vermos quem faz e não faz. O que importa agora é fazer, tomar decisões e encontrar as melhores respostas operacionais que vão ao encontro daquilo que os serviços e os cidadãos precisam", refere Marqueiro, acrescentando que a autarquia tem de estar ao serviço dos cidadãos.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que o Governo apoia a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de decretar o estado de emergência.

O Presidente da República convocou uma reunião do Conselho de Estado para hoje, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Dos casos confirmados em Portugal, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.