Em comunicado enviado hoje, a direção e a comissão especializada do turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada realçam “a profunda crise que o setor [do turismo] está a atravessar” e referem que “o recente acentuar da pandemia, principalmente nas áreas geográficas dos principais mercados emissores para os Açores – Europa e América do Norte –, reforça a incerteza e as perspetivas muito negativas para os próximos meses”.
A associação empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria reconhece que “as medidas públicas de apoio, nacionais e regionais, que foram sendo criadas ao longo dos últimos meses, são muito importantes para mitigar os impactos violentos da pandemia, para ajudar a sobrevivência das empresas do setor e consequentemente da manutenção de muitos postos de trabalho”.
“No entanto, os efeitos práticos das medidas de apoio tardam em chegar efetivamente às empresas, o que é um motivo de profunda preocupação”, prossegue o comunicado.
Assim, os representantes dos empresários consideram “necessário e urgente alterar esta situação, através designadamente da desburocratização, da agilização de procedimentos e de maior celeridade dos processos, para que as empresas possam receber rapidamente os meios financeiros provenientes das referidas medidas”.
“Para o futuro imediato, são necessárias medidas novas, assumindo a forma de ajustamento das anteriores ou totalmente novas”, defende a associação, que sublinha “a importância de se planear já o posicionamento dos Açores para a retoma do setor”.
Os Açores têm atualmente 879 casos positivos ativos na região, sendo 839 em São Miguel, 33 na Terceira, dois no Faial e cinco nas Flores.
Foram detetados até hoje na região 2.845 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 23 óbitos e 1.846 recuperações.
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