O cancelamento foi anunciado pela produção da artista, seguindo ordens das autoridades francesas de proibição de eventos em espaços fechados com a presença de mais de mil pessoas.

Os concertos estavam marcados para a sala parisiense Le Grande Rex, com 2.800 lugares.

A digressão "Madame X", que ficou marcada por vários cancelamentos por razões de saúde da cantora, começou em setembro nos Estados Unidos, com temporadas de concertos em Nova Iorque, Chicago, São Francisco, Las Vegas, Los Angeles, Boston, Filadélfia e Miami. Na Europa, a digressão arrancou em Lisboa e prosseguiu em Londres, fechando agora em Paris.

Tanto o novo álbum como esta digressão, ambos intitulados "Madame X", são assumidamente influenciados, criativamente, pela vivência de Madonna em Lisboa nos últimos anos, onde contactou com a cultura lusófona e latina.

O espetáculo de Madonna contou com vários bailarinos, coro e músicos, entre os quais o guitarrista Gaspar Varela, a trompetista portuguesa Jessica Pina, os percussionistas Carlos Mil-Homens e Miroca Paris e o grupo feminino cabo-verdiano Batukadeiras.

O ministro da Saúde de França, Olivier Véran, anunciou no domingo a proibição no país de eventos e reuniões com mais de mil pessoas, para conter a propagação do Covid-19.

Até agora, o governo francês tinha proibido reuniões e eventos em recintos fechados com mais de 5.000 pessoas, o que levou ao cancelamento de eventos como o Salão do Livro, agendado para os dias 20 a 23 de março, e a Tattoo World Cup, originalmente agendada entre 13 e 15 de março.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.

O boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, divulgado no domingo, registava 30 casos em Portugal.