Em comunicado divulgado hoje, a Caixa explica que a nova linha “tem como principal objetivo reforçar o apoio ao nível da tesouraria e/ou fundo maneio para acomodar os impactos negativos decorrentes do surto do coronavírus, designadamente a diminuição das receitas provocadas pela abrupta redução da procura em numerosos setores da atividade”.
Ao abrigo desta nova linha de crédito - enquadrada no pacote de medidas de Estado de apoio às empresas e em vigor até 31 de maio – cada empresa poderá receber um montante máximo de financiamento de 1,5 milhões de euros, nas finalidades de fundo de maneio e tesouraria, com maturidades até quatro e três anos, respetivamente.
“As operações beneficiarão de uma garantia mútua até 80% do montante financiado e a respetiva comissão da garantia será integralmente bonificada, aumentando a acessibilidade e competitividade desta linha”, adianta a Caixa.
Segundo salienta, dada a experiência que possui neste tipo de linhas de crédito protocoladas com o Estado (linhas Capitalizar), será assegurada pela CGD “uma resposta rápida às necessidades de curto prazo das empresas afetadas pelo do Covid-19”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.
Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.
A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou na quinta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.
A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.
O boletim divulgado na quinta-feira assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.
As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto Covid-19, anunciou na quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.
Comentários