O organismo refere, em comunicado, que deve ser “evitada a realização de reuniões, que, pelo envolvimento de intervenientes internacionais ou pela elevada acumulação de participantes, possam constituir risco de focos de transmissão”.
O COP recomenda o adiamento de eventos e o cancelamento da participação dos seus membros em reuniões similares, bem como aos que regressem de viagens a locais afetados que adotem os procedimentos da Direção-Geral da Saúde.
“Devem ser canceladas ou adiadas as deslocações, em especial às regiões onde exista transmissão ativa do Covid-19 na comunidade, sendo dada prioridade à utilização de meios de trabalho à distância”, refere ainda a nota informativa.
O COP alerta os seus colaboradores para a necessidade de se estar atento ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória e recomenda verificar se algumas das pessoas com quem conviveu de perto desenvolveu sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória).
Estas recomendações surgem após o presidente do COP, José Manuel Constantino, ter manifestado surpresa pela ausência de resposta da Direção-Geral da Saúde a dois pedidos de informação da entidade sobre os procedimentos a adotar relativamente ao surto de Covid-19.
O presidente do COP indicou que endereçou dois ofícios à Direção-Geral da Saúde, em 04 e 26 de fevereiro, não tendo obtido qualquer resposta.
Em declarações aos jornalistas na sede do COP, em Lisboa, à margem da conferência “O Desporto depois do Brexit”, José Manuel Constantino insistiu que era importante que o organismo estivesse munido das informações qualificadas que permitissem informar as federações sobre “os riscos que eventualmente envolvem essas deslocações e os cuidados que deveriam ter nessa matéria”.
O dirigente, que falava na segunda-feira à margem da conferência “O Desporto depois do Brexit”, pontuou que não se trata apenas de deslocações para competições, uma vez que há muitos atletas que têm estágios programados noutros países. “Uns vão, outros não, e não creio que isto seja critério”, completou.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
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